País só será superado pela China, Estados Unidos, Índia e Alemanha em termos de capacidade instalada, mostra estudo da consultoria Wood Mackenzie
O Brasil será o quinto maior mercado de energia solar do mundo até 2032, mostra estudo da consultoria Wood Mackenzie. Em termos de capacidade instalada acumulada, o país só será superado pela China, Estados Unidos, Índia e Alemanha.
No final de 2022, o Brasil alcançou a 8ª colocação global, conforme levantamento da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês). Com mais de 24 GW, o país entrou pela primeira vez na história entre os dez primeiros colocados.
A Wood Mackenzie calcula que o acréscimo de capacidade de energia solar deve registrar uma média anual de 4% nos próximos dez anos, chegando a 360 GW em 2032.
Crescimento em 2023
O mundo deverá acrescentar 320 GW de energia solar em 2023, estima a Wood Mackenzie. O número é 20% maior que a previsão anterior feita pela consultoria, divulgada no segundo trimestre.
A análise indica que as instalações fotovoltaicas mantêm forte ritmo de crescimento graças a políticas de incentivo, preços atrativos e a versatilidade da tecnologia. O mercado segue acelerando na China, onde 164 GW deverão ser adicionados nesse ano.
A Europa deverá acrescentar 54 GW de energia solar em 2023, com o segmento de geração distribuída vivendo um período forte aquecimento desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
A Wood Mackenzie indica que, embora altas taxas de juros e pressões inflacionárias limitem as instalações em alguns mercados, o investimento em sistemas fotovoltaicos segue economicamente atrativo, em razão do encarecimento dos preços de energia no continente. Preocupações com a segurança energética também impulsionam as instalações.
Após uma queda de 13% em 2022, os Estados Unidos deverão adicionar 32 GW e registrar um crescimento de 52%, com a diminuição das restrições na cadeia de fornecimento. Desenvolvedores de projetos de geração centralizada estão acelerando as construções, antecipando mudanças tarifárias previstas para 2024.
O estudo destaca que diversos países estão buscando estabelecer cadeias de fornecimento doméstico de tecnologia solar fotovoltaica, buscando minimizar a dependência em relação a China. Os EUA lideram em número de anúncios de novas fábricas. Caso todos esses investimentos sejam concretizados, o país aumentará a capacidade produtiva em dez vezes nos próximos três anos.